terça-feira, 19 de maio de 2015

Cartas para Che (II)

O Pulso ainda Pulsa

Che, não se preocupe, eu não esqueci o nosso combinado.  O problema é que fiquei bastante ocupada com a matéria para revista (eu e minha velha desculpa!). É bom deixar registrado que enquanto eu batia cabeça em busca de inspiração  a casa ficou pequena demais para você. E entre saídas, matamos a saudade de quase dois anos e dormimos na minha cama. Bom também, quer dizer mais que bom, é ver você animado, independente e cheio de gracinha. Para rimar voltei a fazer check list do dia, colocando as coisas corriqueiras do dia a dia em ordem. Acredite, estou fazendo bonito, o pilates tá em dia e a horta ganhou atenção especial, o que pra mim funciona como terapia!

Estamos indo bem, sério, estamos ficando craque nessa historia de não deixar  a peteca cair. Nem esta possível nova infecção urinária, a terceira em dois meses pelo meu calculo, será capaz de nos segurar. Prova disso? Hoje a fisioterapeuta  elogiou o seu desenvolvimento nos últimos dias e amanha eu começo o curso de corte costura, depois de meses enrolando. Ui! Só por hoje!

p.s. Hoje da janela do quarto vimos o  trenzinho da alegria, inevitavelmente lembramos que dois anos atras foi em um desses que comemoramos  em grande estilo oito anos juntos. Com direito a gargalhadas de dar dor de barriga. Dia feliz, dias que voltarão. Amo-te de tantaum. 

                                     
                                                        Tereza Augusta 

terça-feira, 21 de abril de 2015

Cartas para Che (I)

Simplesmente Resiliência

Che, desde que comentamos que seria legal escrever a cada dia um pouquinho da nossa historia eu não paro de pensar na ideia, encaixa perfeitamente com outras invencionices que rodeiam minha cabeça. Está certo que desde esse dia já se passaram vários dias, meses, porque não? Eu estava esperando algum acontecimento que justificasse virar “a” pauta de estreia. E é claro que acontecimentos não faltaram, alguns dramáticos, outros simplesmente apaixonantes (...) o problema é essa mania insuportável que instalou em mim de protelar qualquer coisa que seja.

Em tempo, sem nada de “Uhu!” e firulas, escrevo pela simples vontade de mudar, de sacudir o percurso das coisas, de buscar dias com sol. Hoje, você passou o dia febril, assistimos bobeiras e fizemos planos, estressei com a mulher da limpeza, plantei margaridas e você mudou a sua posição na cama pra ficar me vendo... E como sempre, estranhamente rimos de como a vida “adora” a gente!


P.s. Enquanto o texto acima aguardava a publicação, o dia amanheceu longe do que esperávamos, a febre contínua, os calafrios voltaram, caos total para uma manhã de feriado enquanto parece que todos lá fora esbanjam felicidade. Ainda bem que depois de toda a operação mirabolante reforçamos o que nós já sabíamos, somos a melhor dupla de dois! Não se preocupe e não me peça mais desculpa, não se tem um culpado e eu não quero ir embora. 

Te amo de tantaum!

   Tereza Augusta 
                   


***A resiliência é um conceito psicológico emprestado da física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico. Trata-se de uma tomada de decisão quando alguém depara com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade.